A Censura Artística
Durante o período da ditadura militar que assolou o país, e principalmente após a publicação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5) que dava totais poderes ao governo e retirava dos cidadãos todos os direitos, muitos cantores, compositores, atores e jornalistas foram “convidados” a deixar o Brasil. A repressão a produção cultural perseguia qualquer idéia que pudesse ser interpretada como contrária aos militares, mesmo que não tivesse conteúdo diretamente político. Por conta disso os militares foram capazes de prender, sequestrar, torturar e exilar artistas e intelectuais.
Tropicalismo e a Ditadura
Imagine um tempo em que nada podia ser dito; principalmente a verdade. Congresso Nacional fechado e imprensa censurada. Foi num mundo assim, ou melhor, num Brasil assim, aquele da Ditadura Militar (1964-1985), que a Tropicália vicejou.Na impossibilidade de falar abertamente contra a Ditadura em suas canções, os tropicalistas tinham como principal característica o deboche e a ironia. Não faziam suas críticas de oposição ao regime militar abertamente.
Os tropicalistas reunidos na foto que virou capa do disco "Tropicália", considerado um manifesto do movimento.
O deboche por meio da atitude na vestimenta e os arranjos e experimentações exóticas nas canções tropicalistas chocavam o público erudito, acostumado com um padrão musical que a tropicália teve a ousadia de quebrar naqueles anos, mudando assim, de forma indireta e por meio da expressão cultural inovadora, as regras e os padrões estabelecidos como normais na música.
O tropicalismo tinha manifestações de oposição política em seu comportamento e expressão musical, porém, as músicas expressavam oposição à Ditadura de forma indireta, ao acrescentar o acorde hilário de um instrumento musical no meio de uma letra séria. As músicas tropicalistas eram caracterizadas pela iminente introdução de estranhos arranjos, ruídos e sons não comuns nos padrões musicais da época.
http://artditadura.blogspot.com.br/2011/06/musica-na-ditadura-militar-brasileira.html
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