Por Alessandre de Argolo
É impossível não enxergar a melhoria da qualidade de vida de parte significativa da população brasileira, sendo justo com os fatos. Principalmente a população que está na base da pirâmide, que aumentou sua renda média de forma sensível ao longo dos últimos dez, doze anos, ao ponto de colocar o Brasil como referência no combate à desigualdade social. A melhoria da qualidade de vida, principalmente dessa parte da população, é um dado não só estatisticamente mas também empiricamente comprovável, em todo os âmbitos da vida social.
Aeroportos, Shopping Centers, são ambientes que atestam a mudança do panorama, onde pessoas que antes não tinham condições econômicas de frequentar tais ambientes, hoje usufruem normalmente dos serviços e podem comprar os bens e produtos comercializados, o que antes era privilégio da classe média tradicional e da classe rica do país.
O alto número de empregos formais criados, aumento real do salário mínimo sem precedentes, novas universidades ou instituições de ensino federais ou extensões das já existentes construídas em locais que antes não tinham universidades ou instituições de ensino públicas, projetos sociais dos mais variados e diversos, como o Minha Casa, Minha Vida, PRONAF (sensivelmente ampliado a partir de 2002, tanto que em 2007/2008, foram atendidos 5.379 municípios, o que representou um crescimento de 58% em relação a 1999/2000, com a inserção de 1.976 municípios no programa), PRONATEC, PROUNI, etc etc etc, tudo isso comprova a melhoria da qualidade de vida, permitindo uma maior inclusão social. O Nordeste do Brasil, de 2002 a 2012, praticamente dobrou a classe média, segundo dados do IBGE. Como não melhorou a vida do povo brasileiro? Melhorou sim. Impossível não reconhecer isso.
E quando as riquezas do pré-sal começarem a surtir os efeitos sociais e econômicos esperados, aí é que as coisas tenderão mesmo a se consolidar, apesar de todas as conhecidas críticas ao modelo de partilha adotado pela União com campos de petróleo como o de Libra, recentemente objeto de uma licitação.
Existe lei federal já aprovada, Lei nº 12.858/2013, que determina um percentual de 75% dos royalties oriundos do pré-sal na educação e 25% na saúde, assim como também deverão fazer Estados e Municípios com as partes dos royalties que lhes cabe quando a lavra ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona econômica exclusiva, abrangidos os contratos celebrados a partir de 03 de dezembro de 2012. Isso está previsto em lei e o Ministério Público Federal está atento e preparado para agir se houver descumprimentos da lei (maiores informações, ver aqui: agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-04/mpf-debate-aplicacao-dos-royalties-do-petroleo-para-inclusao-educacional).
O problema é que existe uma resistência um tanto irracional por parte de muitos brasileiros, os quais insistem em ostentar o perfil auto-sabotador, historicamente tão caro ao povo brasileiro. Triste é constatar quando isso surge da desinformação, da ignorância e, muitas vezes, da má-fé, da má vontade e da eterna propensão de se ser perdedor, de não acreditar nas capacidades grandiosas do país. Muito do discurso contra a Copa do Mundo do Brasil é baseado numa visão distorcida da realidade, na difusão de uma realidade catastrófica inexistente e sem qualquer amparo nos fatos.
O Brasil não é só rico como todas as condições para isso ser sentido na prática existem e estão sendo colocadas em andamento pelo Governo Federal, com as dificuldades, os erros e acertos de sempre. Mas, no geral, o panorama é positivo e ainda mais positivas são as perspectivas. O povo brasileiro não vai perder o bonde da história. O que existe é muito catastrofismo por parte da grande imprensa conservadora de sempre, que defende interesses inconfessáveis e que nunca esteve realmente do lado do povo brasileiro.
http://jornalggn.com.br/blog/alessandre-de-argolo/o-catastrofismo-nao-tem-amparo-nos-fatos
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