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Governos contra a democracia. A criação da nova instabilidade mundial.

Como forma de submeter povos e governos o sistema elabora figuras de eufemismo que consiste na substituição de um termo ou expressão rude, chocante ou inconveniente por outro mais suave ou agradável, com o objetivo de obter apoio a favor de seus objetivos escusos.

Foi assim no pós-segunda guerra onde se cunhou o termo de “guerra fria” onde em seu nome governos democráticos foram derrubados sob o manto de “preservar a democracia”, e atualmente a criação de “caça ao terrorismo” como instrumento para “manter o controle e a ordem” mundial.

Se antes esta metodologia era facilmente implantada na mente da população graças ao apoio maciço da grande imprensa, que negava o sistema atribuindo ao termo como um jus sperniandi da esquerda ao mesmo tempo em que paradoxalmente o justificava e apoiava, agora já não é mais possível essa manipulação graças à internet e aos jornalistas independentes que hoje encontram visibilidade na rede.

Não se pode mais negar esta condição acima frente às várias denúncias comprovadas contra a grande imprensa e a sua função de braço de apoio dos grandes interesses do sistema e isso ficou bastante claro com a mea culpa da rede Globo reconhecendo a sua ligação e apoio ao golpe militar de 1964.

Para entender o conluio, reproduzo, abaixo, trecho do editorial “Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro” que faz o mea culpa e delata os principais veículos de comunicação da época que, segundo O Globo, “erraram” como esse jornal ao apoiar o estupro da democracia brasileira:

“(…)O GLOBO, de fato, à época, concordou com a intervenção dos militares, ao lado de outros grandes jornais, como ‘O Estado de S.Paulo’, ‘Folha de S. Paulo’, ‘Jornal do Brasil’ e o ‘Correio da Manhã’, para citar apenas alguns (…)”.

Estes movimentos do sistema na procura de manter o controle sobre governos e suas populações parece ter alcançado o seu ápice e coloca em dúvida a democracia que vivemos, ou de maneira mais ampla o próprio paradigma que abraçamos.

Na busca de se manter o controle da população os governos mundiais têm procurado criar leis que criminalizam quaisquer movimentos sociais como a “Patriot Act” aprovada pelo Congresso americano em 2001, e o projeto de Lei Nº 728/2011 que está sendo votado no Brasil.

Sobre o projeto de lei relatado pelo senador Romero Jucá documentos divulgados pelo WikiLeaks revelaram a pressão americana para que o Brasil criasse a sua lei anti- terrorismo, segundo o relatório de Lisa Kubiske, conselheira da Embaixada americana em Brasília, enviado para os EUA em 24 de dezembro de 2010.

Para manter o controle sobre os governos o sistema tem recorrido aos atos de espionagem.
Se antes a espionagem governamental era direcionada a inimigos militares potenciais ou reais as últimas revelações explicitam que elas têm sido orientadas contra os governos aliados e contra a sua própria população.

Em muitos países a espionagem militar ou governamental é crime punível com prisão perpétua ou pena de morte. Nos Estados Unidos, por exemplo, a espionagem é um crime capital e o soldado Bradley Manning escapou dela por pressão popular, enquanto que um britânico que espione para um país estrangeiro pode ser condenado  a prisão perpétua.

Se os governos reconhecem a gravidade destes tipos de crimes qual o motivo deles praticarem os mesmos contra governos aliados que não oferecem quaisquer tipos de riscos?

A vigilância ilegal sobre outros países e governos, é uma grave violação do direito internacional.

É preciso que os governos como a França, a Alemanha, Itália e o Brasil (entre outros), os organismos internacionais como a UE e a ONU (entre outros), que sofreram esses crimes reajam com altivez fazendo jus às tão declamadas formulações como a globalização, a democracia e o mundo multipolar.
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