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Trechos de Demian, livro escrito por Hermann Hesse

Não creio ser um homem que saiba. Tenho sido sempre um homem que busca, mas já agora não busco mais nas estrelas e nos livros: começo a ouvir os ensinamentos que o meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e o sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mais mentir a si mesmos.
(pág. 16)

Pela primeira vez saboreei a morte. Tinha um gosto amargo. Pois a morte é nascimento, é angústia e medo ante uma renovação aterradora.
(pág. 32)


Hoje sei muito bem que nada na vida repugna tanto ao homem do que seguir pelo caminho que o conduz a si mesmo.
(pág. 62)

Sempre é bom termos consciência de que dentro de nós há alguém que tudo sabe...
(pág. 106)

Quando alguém encontra algo de que verdadeiramente necessita, não é o acaso que tal proporciona, mas a própria pessoa; seu próprio desejo e sua própria necessidade a conduzem a isso.
(pág. 118)

Quando odiamos um homem, odiamos em sua imagem algo que trazemos em nós mesmos.
(pág. 133)

O que verdadeiramente me fazia bem era o progresso do conhecimento de mim mesmo, minha confiança crescente em meus próprios sonhos, ideias e intuições; a revelação, a cada dia mais clara, do poder que em mim mesmo levava.
(pág. 142)

Tudo seguia padrões rígidos, todos faziam as mesmas coisas, e a calorosa alegria das faces juvenis tinha a mesma expressão lamentavelmente vazia e impessoal.
(pág. 154)

Em toda parte era o mesmo! Todos os homens buscavam a "liberdade" e a "felicidade" num ponto qualquer do passado, só de medo de ver erguer-se diante deles a visão da responsabilidade própria e da própria trajetória.
(pág. 159)

Nunca se chega ao porto. Mas quando duas rotas amigas coincidem, o mundo inteiro parece então o anelado porto.
(pág. 162)

Tudo o que me era importante, tudo o que para mim era destino, podia adquirir sua figura. Podia transformar-se em cada um de meus pensamentos, e cada um de meus pensamentos transformar-se nela.
(pág. 172)

Ela era o mar e eu o rio que nele desembocava. Era uma estrela e eu outra que marchava em sua direção. Encontrávamo-nos e nos sentíamos mutuamente atraídos, permanecíamos juntos e girávamos felizes por toda a eternidade em círculos muito próximos e vibrantes, um ao redor do outro.
(pág. 173)

Antes me havia perguntado muitas vezes por que eram tão poucos os homens que conseguiam viver por um ideal. Agora percebia que todos os homens eram capazes de morrer por um ideal. Mas não por um ideal seu, livremente escolhido, mas por um ideal comum e transmitido.
(pág. 184)
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