Sérgio falou; “Os “protestos de junho” atravessaram todo o espectro ideológico nacional, foram da extrema esquerda a extrema direita em 15 dias”. E disse ainda; "ainda não surgiu um cientista político para explicá-las."
Digo que o mundo atravessa, mais uma vez, uma crise de valores, está reivindicando melhorias, cada sociedade com suas bandeiras que são diversas, difusas.
O fato é que o mundo está mais inseguro e insatisfeito. As violências física, social e psicológica surgem em todos os países, vimos aumentar a xenofobia, intolerância, atentados (inclusive praticado por estudantes e fora de grupos extremistas) e por aí vai. Países que emergiram e que ainda não oferecem um serviço mínimo de transporte, educação e saúde. As doenças sociais e as fobias estão atingindo cada vez mais os jovens.
O fato é que as manifestações estão ocorrendo em todo o mundo. Agora em dezembro, na Alemanha houve uma violenta batalha campal em Hamburgo, durante uma manifestação de protesto contra o encerramento do centro cultural Rote Flora, que abriga um dos principais núcleos de defesa dos direitos humanos da cidade. Os números são impressionantes; 500 manifestantes feridos, 120 detidos, 16 presos, mais de 7.000 manifestantes, 82 policiais feridos e 16 hospitalizados sendo um inconsciente, participaram das operações cerca de 2000 a 3000 policiais. Dados colhidos no link: As manifestações em Hamburgo, na Alemanha
A sensação de não pertencimento é clara neste mundo que magistralmente Bauman definiu de "liquido", a sensação de vazio pode ser observada sobretudo nos jovens, e talvez seja o efeito colateral do individualismo defendido pelo modelo que escolhemos e que parece que está levando os jovens à solidão, ao não pertencimento, ao vazio, situações que favorecem ao chamamento para atos contrários ao Status quo mesmo alguns dos jovens fazendo parte dele.
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